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Entrevista Alessandra Fleury

A segunda artista a participar desta série de entrevistas com artistas circenses é a Alessandra Fleury. Você pode acompanhar o trabalho dela no instagram. Eu conheci o trabalho da ale através do instagram e acho essa mulher incrível. Alê faz lita, tecido, faixa… uma inspiração!
Espero que gostem da entrevista 🙂

 

Sobre a artista

Eu sou Alessandra Fleury, 37 anos. Sempre fui uma pessoa que adorava esportes, atividades artísticas e tudo que envolvia movimento. Me formei em educação física em 2013 e fiz a pós graduação também. Até então eu trabalhava como professora de educação física e ginástica artística. Por incentivo de uma amiga, comecei a fazer aulas de circo e fui me apaixonando cada dia mais por esta arte. Não dei atenção aos padrões da sociedade que dizem que você deve ser nova para começar uma profissão, ainda mais de artista circense. E com isso fui abandonando naturalmente as aulas em escolas e academias para cada vez mais me dedicar a apresentações, e até mesmo viajar para fora com a minha arte. Hoje em dia tenho meu trabalho solo com circo e também o meu duo que se chama Ale&Matheus e com esse duo estou atualmente trabalhando com apresentações de aéreos em night clubs na China.

 

 

– Com quantos anos começou a praticar atividade circense e qual aparelho?

Comecei por volta dos 23, 24 anos com aulas de tecido primeiramente.

 

– O que você fazia antes de trabalhar com circo? Ou você sempre trabalhou com circo?

Eu era professora de educação física e ginástica artística em escolas e academias.

 

– Onde você está e o que você tem feito hoje?

Estou trabalhando com acrobacia aérea junto com meu parceiro e integrante do meu duo, o Matheus Davi. Fazemos shows em night clubs na China. Trabalhamos na cidade de Chongqing e agora vamos trabalhar na cidade de Jin Zhong.

A Dupla

– Qual trabalho você mais amou fazer e porque?

Uma pergunta bem difícil essa. Eu amei todos os trabalhos que fiz, principalmente os de viagem, pois além de trabalhar eu aprendi muito. Cada lugar foi uma escola… em termos profissionais, pessoais e tudo o mais. É praticamente impossível escolher um trabalho para eleger como o que mais amei.

 

– O que você gosta de fazer no seu tempo livre?

Gosto de sair para comer as coisas que eu gosto (hehehe). Um bom almoço ou jantar. Aquele sorvete bem gostoso. Gosto de curtir a família e se possível passear bastante conhecendo muitos lugares.

 

– Quem são suas inspirações circenses?

São muitas. Meus professores que são bem tradicionais, circos como o Soleil, Roncalli, Dragone. Meus amigos que estão na luta do dia a dia para realizarem espetáculos cheios de emoções e carinho. Não podemos nos esquecer de uma ferramenta que ampliou nosso olhar sobre os artistas: o instagram. Nele você conhece a cada dia um artista de um lugar bem diferente fazendo coisas incríveis!

 

– Porque decidiu ser artista?

Na verdade eu não decidi, praticamente o circo me levou com ele, as coisas foram acontecendo de um jeito que quando eu percebi já estava totalmente inserida no mundo circense.

 

– Se não fosse artista de circo, seria…?

Hum… provavelmente alguém muito frustrada.

 

– Você que viaja bastante, acha que artistas de circo são mais valorizados fora do Brasil?

Infelizmente sim. Vivemos uma época complicada para artistas no Brasil. Se você não for um artista que está no centro da grande mídia o seu trabalho não tem tanto valor. É muito difícil alguém enxergar o seu treino diário como parte do trabalho. Geralmente as pessoas acham que você está treinando por hobby, para cuidar do corpo e não contam esse tempo como trabalho. O cachê hoje em dia ou está igual a de 5 anos atrás, ou até mesmo diminuiu. E a cada dia os contratantes querem muito mais por menos.

 

– Você faz alguma outra atividade física, além dos aparelhos que pratica?

Faço musculação como parte de prevenção de lesões musculares. Já pratiquei Pole dance também.

 

– Qual foi a melhor coisa que o circo te proporcionou?

Com certeza foi poder conhecer tantos lugares e pessoas diferentes pelo mundo a fora.

 

– Desafios e Maravilhas de se trabalhar com circo?

Desafios: a hora de partir. Sempre tem o final do contrato, a troca de cidade, a mudança… itinerância.

Posso dizer que esse é o lado bom também, porque a cada mudança, a cada nova fase a gente conhece mais coisas e aprende mais coisas.

Tem também a maravilha de poder causar emoções nas pessoas. A gratidão do aplauso, do sorriso das crianças. São coisas muito valiosas também.

 

– Se pudesse dar uma dica para quem está começando agora e deseja ser artista de circo profissional, qual dica daria?

Para não pular etapas, e principalmente não se comparar com os outros. Claro que temos artistas que nos inspiram e a gente sem querer segue o estilo e isso é normal.  Mas não pode se frustrar por achar que não tem tantas qualidades, ou não é exatamente igual. Cada um tem o seu “algo especial”.

 

– Quais os seus planos futuros? Qual é o seu maior sonho profissional?

Meus planos são de continuar a me apresentar até quando for possível. Ainda gostaria de fazer um cruzeiro e também. Se possível, entrar para uma grande cia de circo.

 

Gostou? Veja também a entrevista com a Dupla Mão na Roda

 

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