Meu primeiro solo no picadeiro da MCCA 2018
Dia 20 de maio de 2018 aconteceu a primeira edição da Mostra Competitiva de Circo Amador (veja o post sobre a MCCA 2018). Foi a segunda vez que me apresentei num picadeiro na vida e meu primeiro solo!
A Primeira vez que me apresentei com o tecido, foi no espetáculo de final de ano (2017) da turma da minha professora Gisela Portal, no Circo Crescer e Viver (RJ). Éramos quatro meninas juntas no picadeiro. A segunda vez que me apresentei, foi no Rock in Real, no Teatro Ziembinsky (RJ). Era ma proposta totalmente diferente de apresentação: improviso enquanto bandas de rock independentes tocavam no palco. Foi muito legal, mas não tinha preocupação com figurino, nem coreografia. Eram várias pessoas e a cada música a gente se revezava. Foi legal, porque a gente não sabia qual seria a próxima música, nem o ritmo, nem o tamanho dela. Era improvisação pura! E agora, a terceira vez na vida (segunda em um circo), na MCCA 2018, que aconteceu no Unicirco Marcos Frota (RJ).
Fiquei muito feliz de fazer um número solo na abertura da MCCA 2018. Eu não competi, mas o nervosismo era o mesmo. Não dormi. Tive duas semanas para escolher uma música, criar uma coreografia e arrumar um figurino. Achei que não ia dar. Deu. Não foi a melhor apresentação que eu poderia fazer, mas tive pouquíssimo tempo pra ensaiar! Além disso, no circo é diferente. O tecido preso no cabo de aço, balança mais. O ambiente é diferente. Público te assistindo… tudo isso conta.
Eu não costumava a me apresentar na vida. Quando era nova, eu dançava num grupo de dança folclórica finlandesa, mas o circo é totalmente diferente! Conversando com a Gisela (minha professora) e com o Petter (namorado dela e artista de faixa e trapézio voador do Unicirco), eles falaram como é diferente uma pessoa que está acostumada a se apresentar (independente da atividade). O costume com o palco e com o público faz muita diferença.
Eu fiquei me cobrando muito. Não fiquei satisfeita com o meu desempenho, porque sabia que eu podia fazer melhor. No último ensaio, saiu muito melhor. Na hora, várias coisas deram errado. Meu pé não encaixou direito na chave de calcanhar duas vezes, depois prendeu na saída do Pegasus, eu tentei frear na última volta da queda, porque fiquei com medo de passar direto (passei uma vez no ensaio, porque dei impulso demais e fiquei presa), enfim… várias coisinhas que não saíram como deveriam. E eu fiquei me cobrando por isso. Mas, foi como a Gisela me disse: o que importa é que eu superei os desafios. Me apresentei para um monte de gente, com pouco tempo de ensaio, em um ambiente diferente do que eu tô acostumada, sem experiência de apresentação…
Não quero me justificar, porque sei que poderia ter ido melhor de qualquer forma. Mas não quero colocar um peso muito grande nisso, porque afinal não sou profissional de Circo (e não sou obrigada hahaha). As vezes as coisas não saem como a gente quer e temos que aprender a lidar com isso. É assim que a gente aprende! Passando pelas experiências. Se você não tenta, nunca vai saber como seria. E eu acho que toda experiência é válida e nos ensina algo.
Pelo menos, para o grande público deu tudo certo e reação da platéia foi positiva. Essa era a intenção: animar a abertura daquela grande festa.
Depois da minha apresentação, eu cobri o evento fazendo stories (que você pode ver no meu Instagram, na aba “MCCA 2018”). Fiz também uma compilação das apresentações e um breve registro dos bastidores, que você pode ver AQUI. A cobertura oficial do evento ficou por conta da PDI Fotografia (foto) e da Até Uma Hora (vídeo). A MCCA foi idealizada e realizada pela Circus Fit (RJ).
A música foi escolhida duas semanas antes da Mostra. Eu iria me apresentar ao som de Feeling Good, com a coreografia que eu tinha pronta, do meu espetáculo de 2017. Mas, descobri que a música já tinha sido escolhida por uma competidora e claro, a prioridade era dela. Então começou a corrida contra o tempo: escolher uma música e criar uma coreografia em duas semanas.
Pensei em várias músicas, escutei várias novas, pedi ajuda para os amigos… mas quando eu tentava imaginar uma coreografia, nada dava certo. Como eu ainda estou com toda a trilha sonora do filme O Rei do Show (The Greatest Showman) na cabeça, resolvi tentar. Deitei para dormir um dia e comecei a escutar “Come Alive” e a coreografia começou a surgir na minha cabeça. No dia seguinte já comecei a montar. Entre muitos treinos, quando finalmente “terminei” a coreografia, me dei conta de que tudo que eu tinha imaginado não cabia no tempo da música. Tive que tirar dois truques e ainda assim, ficou um pouco corrido (até porque a música é rápida). Mas eu não tinha muito tempo. A essa altura, faltava exatamente uma semana pra Mostra. Treinei o que tinha, mudei algumas coisas e consegui fechar tudo no tempo. Passei a coreografia inteira, no tempo que precisava, com os truques definidos, só umas duas vezes antes da apresentação.
Paralelamente a isso, eu corria atrás de um figurino. O meu do ano passado era vinho e o tecido seria vermelho, então não ia dar muito contraste. Peguei um figurino mara emprestado com a minha professora, mas quando fui passar com ele, me machucava muito na panturrilha, porque ele era curto. Foi então que a Alessandra (minha amiga de turma), me ofereceu o macacão que ela usou na apresentação do ano passado. E ela ainda descobriu que tinha um macacão M sobrando, que ninguém usou, porque elas compraram um a mais, numa promoção da loja de “compre um e leve outro” e acabou sobrando. Na sexta feita antes da Mostra (que aconteceu domingo), ela levou o macacão pra mim. Experimentei, passei o número com ele e UFA! Tudo resolvido. Era ele mesmo que ia brilhar naquele picadeiro.
Curiosidades
make | figurino | cabelo
Não sei vocês, mas eu não tenho o menooooooor talento pra fazer make e cabelo! E isso estava me deixando preocupada, mas resolvi arriscar e fazer tudo sozinha.
MAKE: Teria que acordar muito cedo se chamasse alguém para fazer a make, então resolvi arriscar. Fiz uma make super simples, apostando apenas no brilho. Meu figurino era “holográfico”, mais puxado pro azul claro. Comprei uma sombra holográfica da Quem Disse Berenice?. A moça da loja me mostrou que se eu colocasse uma sombra de outra cor em cima, o efeito holográfico funcionaria naquela cor. Foi o que eu fiz. Coloquei uma sombra azul por cima. Comprei também um glitter líquido na mesma loja. E quando cheguei em casa para separar minha maquiagem, percebi que praticamente tudo que eu uso é da Quem Disse Berenice? (Isso não é publi! Eu realmente só tinha make deles. Aliás, #QuemDisseBereniceMeNota haha). Perto dos olhos usei um gel com glitter prateado da Color Make e grudei uns bindes (aquelas pedrinhas de carnaval que já vem com cola) perto dos olhos. Ficou aqueeeeeela make incrível, maravilhosa? Não! Mas era o que dava pra fazer às 6 da manhã de um domingo, sem ter dormido na noite anterior hahaha Chegando lá, a Marina (@aquaerialist – a humana mais sereia que você conhece), que faz aula comigo e competiu no tecido individual, me emprestou uma sombra prateada surreal que era pura purpurina da MYN. E deu um TCHAN na make.
CABELO: Resolvi fazer um rabo de cavalo mesmo, mais alto do que costumo usar. E para ficar bem firme, comprei uma pasta modeladora (também da Quem Disse Berenice?) para o cabelo ficar no lugar e o frizz não estragar minhas fotos hahaha
E olha, funcionou. Não deixou meu cabelo duro como fica com laquê, mas deixou tudo no lugar. Também usei um prendedor de cabelo novinho, que estava com um elástico bom, pra não correr o risco de cair tudo na primeira balançada.
UNHAS: Pintei com um esmalte perolado da Impala chamado Lua. Eu uso esse esmalte no dia a dia. Apesar de ser perolado, ele é discreto e serve para várias ocasiões. Achei que combinaria bem com o figurino e deu certo 🙂
FIGURINO: Macacão holográfico azul da Forever 21.
Que diga-se de passagem, encontrar o figurino foi uma novela! Eu peguei um macacão emprestado com a Gisela (@gisela_aerialist). Um macacão lindooo, mas muito curto para mim. Eu sou mais alta que a Gi e, em mim, o macacão ficou um pouco abaixo do joelho e quando eu fazia a queda para o pé, o tecido grudava na minha panturrilha, não escorregava o suficiente e me queimava toda. Aos 45 do segundo tempo, consegui esse macacão maraaa com a minha amiga Alessandra (@alessandra_tolc). Ela faz aula comigo e competiu nas categorias lira dupla (que ganhou o ouro junto com a Gabi – do @aerialexpectation) e tecido individual. Ela usou um macacão igual no espetáculo de final de ano de 2017, da nossa turma (Gisela Portal) e tinha sobrado um macacão M, que hoje é meu <3 Alê me salvou e TODO MUNDO amou o figurino!!